Em 2024, o Brasil registrou 17.587 mortes por câncer de próstata, o que corresponde a uma média de 48 óbitos diários, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia. O número de mortes aumentou 21% na última década, com a região Centro-Oeste apresentando o maior crescimento. Apesar de ser uma doença altamente tratável quando diagnosticada precocemente, o exame de toque retal ainda enfrenta resistência por parte de muitos homens, resultado do preconceito que afasta pacientes da detecção precoce. Especialistas reforçam que o rastreamento deve começar aos 50 anos para a população geral e aos 45 anos para aqueles com fatores de risco, utilizando também exames complementares como o PSA e a ressonância magnética para aperfeiçoar o diagnóstico. Em muitos casos, um acompanhamento cuidadoso pode ser mais indicado do que intervenções imediatas, principalmente para tumores de baixo risco.
O câncer de próstata é um dos tipos mais silenciosos, apresentando sintomas apenas em fases avançadas, o que eleva a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura. A detecção precoce pode evitar tratamentos invasivos e melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Além do aumento da mortalidade, os dados apontam para um crescimento no número de atendimentos, refletindo uma maior conscientização e acesso aos serviços de saúde, assim como o avanço tecnológico na realização de exames. A região Centro-Oeste destaca-se como a que mais elevou seus números, sendo uma preocupação prioritária para as políticas públicas de saúde.
Especialistas lamentam que, ainda assim, o preconceito e a falta de informação mantêm muitos homens afastados dos consultórios, o que compromete os resultados no combate à doença. A necessidade de campanhas educativas permanentes e a ampliação do acesso aos exames são ressaltadas para reverter esse quadro.
Redação Portal Guavira

