A ansiedade é um sentimento comum e natural em situações pontuais, como antes de provas ou durante reuniões importantes, porém, quando torna-se frequente e interfere na rotina, é sinal de alerta para possíveis distúrbios psiquiátricos que necessitam de avaliação profissional. No Brasil, o problema atinge proporções preocupantes, com cerca de 9,3% da população convivendo com ansiedade patológica, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O país lidera o ranking mundial de prevalência da ansiedade, reflexo de fatores como alto índice de desemprego, instabilidade econômica e crescente insegurança pública, que elevam o nível de estresse e medo na população. Dados apontam que o Brasil também enfrenta um aumento significativo nos casos de depressão, agravada pela pandemia de Covid-19 e pelo impacto econômico-social dos últimos anos.
Especialistas alertam que a falta de tratamento adequado para a ansiedade pode levar ao desenvolvimento de outras condições, como transtorno depressivo, e enfatizam a importância do diagnóstico precoce e do acesso a terapias e cuidados médicos. O impacto socioeconômico é notório, com crescimento expressivo nos afastamentos do trabalho por transtornos mentais, destacando a necessidade de políticas públicas mais eficazes para a promoção da saúde mental.
O cenário atual exige atenção redobrada para a saúde emocional da população, com foco na prevenção, acolhimento e tratamento para garantir qualidade de vida e bem-estar.
