sexta-feira, 27 junho, 2025
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Grã-Bretanha pode ganhar us$ 533 bilhões com IA, revela estudo do Google

A Grã-Bretanha tem a oportunidade de adicionar US$ 533 bilhões (R$ 3,02 trilhões) à sua economia se investir no treinamento de sua força de trabalho para utilizar a inteligência artificial (IA), segundo um relatório divulgado pelo Google nesta sexta-feira, 25 de abril de 2025. O estudo, realizado em parceria com a consultoria Public First, destaca que a adoção da IA em tarefas administrativas pode economizar mais de 120 horas por ano para os trabalhadores, impulsionando a produtividade e o crescimento econômico no país.

O relatório do Google, baseado em programas-piloto conduzidos no Reino Unido, aponta que medidas simples, como oferecer algumas horas de treinamento e permitir o uso de ferramentas de IA, podem dobrar a adoção da tecnologia no ambiente de trabalho. Essa mudança seria especialmente impactante para grupos sub-representados, como mulheres mais velhas de origens socioeconômicas mais baixas, que, segundo o estudo, compõem dois terços dos trabalhadores que nunca usaram IA generativa no trabalho. “A IA tem o potencial de transformar a economia britânica, mas isso exige capacitação”, afirmou Debbie Weinstein, vice-presidente do Google na Europa, em comunicado à imprensa.

Os dados revelam que a IA pode ser um motor de eficiência, especialmente em tarefas administrativas repetitivas, como redação de e-mails, organização de agendas e geração de relatórios. Nos testes realizados, trabalhadores economizaram, em média, 122 horas anuais ao delegar essas atividades a ferramentas como o Gemini AI, chatbot desenvolvido pelo Google. Essa economia de tempo não apenas aumenta a produtividade, mas também permite que os profissionais se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas, gerando valor para as empresas e a economia como um todo.

A oportunidade de US$ 533 bilhões (equivalente a £400 bilhões) representa um salto significativo para a economia britânica, que, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido (ONS), cresceu 0,7% em 2024, um ritmo modesto. No entanto, a adoção em massa da IA enfrenta barreiras. A falta de treinamento e o receio de que a tecnologia substitua empregos ainda geram resistência. Um estudo do Fórum Econômico Mundial de 2023 estimou que a automação pode eliminar 83 milhões de empregos globalmente até 2027, mas também criar 69 milhões de novas vagas, o que reforça a necessidade de requalificação da força de trabalho.

Especialistas ouvidos pelo Google sugerem que o Reino Unido poderia se inspirar em iniciativas de países como Singapura, que implementou programas nacionais de alfabetização digital, resultando em um aumento de 15% na produtividade em setores como saúde e educação. Além disso, a integração de IA generativa em pequenas e médias empresas, que representam 99% das empresas britânicas e empregam 16 milhões de pessoas, segundo a Federation of Small Businesses, poderia amplificar os ganhos econômicos.

Enquanto a Grã-Bretanha avalia o potencial da IA, o cenário global é de competição acirrada. A China, por exemplo, anunciou em março de 2025 a implantação de chips cerebrais em 13 pacientes até o fim do ano, e os Estados Unidos continuam liderando investimentos, com as big techs prevendo gastos de US$ 320 bilhões em IA em 2025, conforme reportado pela Folha de S.Paulo. Para o Reino Unido, o desafio é claro: capacitar sua força de trabalho para transformar a IA em uma aliada, e não em uma ameaça, garantindo que os benefícios econômicos se traduzam em prosperidade para todos.

Fonte: https://about.google/

Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira

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