sexta-feira, 15 agosto, 2025
HomeCOTAÇÃO DO DIACotação do dia: Soja e frango mantêm alta

Cotação do dia: Soja e frango mantêm alta

O mercado agropecuário de Mato Grosso do Sul inicia maio com cotações positivas para a soja e setores da pecuária, como frango e suínos, enquanto o milho segue pressionado pela oferta da safrinha 2024/25. Baseado em tendências ajustadas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e do portal Notícias Agrícolas, o cenário é marcado pela força das exportações e um clima mais quente, com chuvas leves de até 3 mm previstas para Dourados, que podem aliviar lavouras, mas também trazer desafios logísticos.

Contexto do Mercado Agropecuário

Mato Grosso do Sul, que responde por 6,8% da produção nacional de grãos e é o quinto maior estado em abate de bovinos (IBGE), segue como um pilar do agronegócio brasileiro. A soja mantém sua valorização, impulsionada pela demanda chinesa, que cresceu 28% em importações do Brasil em 2025, segundo o Cepea. Frango e suínos se beneficiam de exportações para mercados árabes, com volumes próximos a US$ 1 bilhão, conforme a Agrimídia. O milho, no entanto, enfrenta pressão de baixa pela oferta elevada, e o gado registra estabilidade.

As chuvas de abril, com 286 mm acumulados em Campo Grande (353% acima da média, segundo o Climatempo), beneficiaram as lavouras, mas alagamentos na BR-163 aumentaram os custos logísticos. Na pecuária, a adoção de energia solar por 70% dos produtores integrados de frango da Seara, conforme a Agrimídia, ajuda a mitigar os custos de produção, que ainda sofrem com os preços de milho e farelo de soja.

As cotações abaixo são estimativas ajustadas para o mercado sul-mato-grossense, considerando variações regionais e diárias.

Tabela de Cotações – 2 de Maio de 2025

CommodityUnidadeCotação (R$)Variação (em relação a 01/05/2025)Observações
SojaSaca de 60 kg171,50+0,3%Demanda chinesa e dólar a R$ 5,67 sustentam alta.
MilhoSaca de 60 kg88,00-0,6%Oferta elevada da safrinha pressiona preços.
SorgoSaca de 60 kg81,00-0,6%Demanda interna limitada mantém estabilidade.
Gado (Boi Gordo)Arroba (15 kg)236,000,0%Estabilidade com demanda doméstica equilibrada.
Frango (Vivo)Kg8,70+1,2%Exportações aos países árabes e demanda interna em alta.
Ovos (Comercial)Dúzia9,30+1,1%Consumo interno sustenta valorização.
Suínos (Vivo)Kg10,50+1,0%Exportações à Arábia Saudita impulsionam preços.

Soja

A soja sobe para R$ 171,50 por saca de 60 kg, com alta de 0,3%, beneficiada pelo dólar a R$ 5,67 e pela demanda chinesa. Em Dourados, preços chegaram a R$ 174,00 em algumas praças, refletindo a força da safra 2024/25, estimada em 12 milhões de toneladas no estado (IBGE).

Milho

O milho registra nova queda, cotado a R$ 88,00 por saca, com recuo de 0,6%. A oferta abundante da safrinha 2024/25, com alta produtividade em regiões como Amambai (Famasul), continua a pressionar os preços, mesmo com chuvas leves beneficiando as lavouras.

Sorgo

O sorgo, a R$ 81,00 por saca, apresenta variação negativa de 0,6%. A produção nacional para 2025, projetada em 4,1 milhões de toneladas (IBGE), segue limitada pela preferência por soja e milho, mantendo a demanda interna estável.

Gado (Boi Gordo)

O boi gordo mantém estabilidade a R$ 236,00 por arroba, sem variação. A demanda doméstica, equilibrada pela oferta sustentada por pastagens beneficiadas pelas chuvas, e exportações à China, que absorvem 50% do volume exportado (Notícias Agrícolas), mantêm os preços firmes.

Frango

O frango vivo sobe para R$ 8,70 por kg, com alta de 1,2%, impulsionado por exportações aos países árabes e demanda interna. A energia solar, usada por 70% dos produtores integrados da Seara, ajuda a manter preços competitivos (Agrimídia).

Ovos

Os ovos comerciais atingem R$ 9,30 por dúzia, com alta de 1,1%. O consumo interno, especialmente em Campo Grande, sustenta os preços, mas a oferta equilibrada limita ganhos maiores (Cepea).

Suínos

Os suínos vivos, a R$ 10,50 por kg, valorizam 1,0%, beneficiados pelas exportações à Arábia Saudita. A Lar Cooperativa, em Maracaju, destaca a produção de 98 mil toneladas/mês de ração como fator de competitividade.

Impactos na Economia Local

O agronegócio, que representa 30% do PIB de Mato Grosso do Sul (Famasul), segue como motor econômico. As chuvas leves previstas para o dia 2, com até 3 mm em Dourados, ajudam a manter a umidade do solo, mas os acumulados de abril ainda impactam a logística, especialmente na BR-163. O dólar a R$ 5,67 beneficia as exportações, mas pressiona os custos de insumos importados, como fertilizantes, que subiram até 30% em relação a 2024 (Imea).

A demanda internacional, especialmente da China e de mercados árabes, continua a impulsionar o setor, mas tensões comerciais globais, como tarifas entre EUA e China, podem trazer volatilidade (Canal Rural). Produtores devem acompanhar os mercados de Chicago (CBOT) e Paranaguá para antecipar movimentos.

Dica de Investimento

A avicultura segue como uma aposta promissora para 2025. Com o frango vivo valorizando 1,2% e exportações aos países árabes em alta, investir em avicultura integrada, como os modelos da Seara, pode trazer retornos consistentes. A adoção de energia solar e tecnologias de manejo, como as da Lar Cooperativa, aumenta a eficiência. No entanto, é essencial monitorar os custos de milho e farelo de soja, além dos riscos climáticos na logística. Acompanhar cotações diárias em plataformas como Cepea e Notícias Agrícolas é crucial para decisões estratégicas.

Perspectivas Futuras

A safra 2024/25 de soja, com 12 milhões de toneladas no estado (IBGE), consolida Mato Grosso do Sul como líder exportador. Contudo, a irrigação, que cobre apenas 265 mil hectares dos 4,7 milhões cultiváveis (Ministério da Agricultura), segue como desafio para mitigar riscos climáticos. Na pecuária, tecnologias como rastreabilidade blockchain podem agregar valor às exportações, especialmente para o gado.

Para os produtores de Mato Grosso do Sul, o momento exige planejamento e acompanhamento de mercados globais. Com exportações aquecidas e um clima em transição, o estado segue como um pilar da segurança alimentar global, mas a gestão de custos e riscos será determinante para o sucesso em 2025.

Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira

spot_img

Ultimas Notícias