O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) formou maioria nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, rejeitando o recurso apresentado pelo PDT e pelo PSDC que pedia a cassação da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e de sua vice, Camilla Nascimento (Avante). A decisão mantém as gestoras nos cargos, encerrando, por ora, as acusações de abuso de poder político, econômico e religioso durante a campanha eleitoral de 2024. O julgamento, concluído por volta das 18:30, confirmou o entendimento inicial de que as provas apresentadas não são suficientemente robustas para justificar a perda dos mandatos.
O recurso, protocolado em dezembro de 2024, alegava irregularidades como suposta compra de votos e uso indevido de recursos públicos e influência religiosa, mas a corte entendeu que as evidências não atenderam ao padrão exigido para cassação. Após o resultado, Adriane Lopes, em pronunciamento às 19:00 no Paço Municipal, celebrou a decisão. “Sempre acreditei na Justiça e na vontade do povo de Campo Grande. Essa vitória reforça nosso compromisso de trabalhar por uma cidade melhor”, declarou a prefeita, reeleita em outubro de 2024 com 51,45% dos votos válidos.
A ação movida pelos partidos de oposição gerou intensa expectativa desde o início do ano, especialmente após pareceres do Ministério Público Eleitoral que apontavam indícios de irregularidades, como pagamentos via PIX e depoimentos sobre suposta captação ilícita de sufrágio. No entanto, o TRE-MS considerou que as acusações carecem de consistência documental e testemunhal para comprovar os crimes eleitorais alegados. A defesa de Adriane e Camilla argumentou que as denúncias eram baseadas em interpretações subjetivas e tentativas políticas de desestabilizar a gestão.
A decisão do tribunal, que veio após um pedido de vista que adiou o julgamento na semana passada, marca um desfecho favorável à chapa majoritária, embora a possibilidade de recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda paire no horizonte. Para a oposição, o caso expõe fragilidades na fiscalização eleitoral, enquanto apoiadores de Adriane veem a manutenção do mandato como validação de sua vitória popular.
Redação Portal Guavira