O programa “A Banca”, da Rede Top FM, sintonizado na frequência 88,9 FM em Campo Grande, recebeu na quarta-feira (6) o vereador Marquinhos Trad (PDT), ex-prefeito da capital, para discutir a atual gestão da prefeita Adriane Lopes (PP), sua ex-vice em dois mandatos, além de abordar as eleições de 2026, nas quais planeja disputar uma vaga como deputado estadual. A entrevista trouxe reflexões contundentes sobre os rumos do município e do estado.
Marquinhos criticou a administração atual, apontando uma “tragédia anunciada” devido à falta de planejamento. “Campo Grande enfrenta extrema dificuldade porque não há cronograma na saúde, educação, esporte ou serviços públicos. Sem planejamento administrativo, financeiro ou contábil, a gestão caminha para um abismo, e o povo será o mais prejudicado”, declarou. Ele alertou que a ausência de estratégias claras compromete os resultados positivos esperados pela população.
Apesar das divergências, Marquinhos negou arrependimento por ter escolhido Adriane como vice. “Quem deve estar arrependida é ela, por agir de forma inesperada. Não se conhece o coração das pessoas. Adriane era diferente ao meu lado, mas mudou com a caneta nas mãos. Lembra ‘Dormindo com o Inimigo’? Foi isso que vivi”, comparou, sugerindo uma transformação surpreendente que também afetou pessoas próximas a ela. Ele destacou que a escolha foi feita com carinho e respeito, mas os rumos tomados pela prefeita o pegaram de surpresa.
Na esfera estadual, o vereador posicionou-se na oposição ao governador Eduardo Riedel (PSDB), justificando com coerência. “Se não acredito na administração, sigo o caminho da oposição. O governo estadual vive em silêncio, sem debates na Assembleia ou contrapontos, dominado por um grupo há mais de uma década. O recente corte de gastos, que pegou até analistas de surpresa, levanta dúvidas. Se tudo ia bem, por que essa turbulência? Pode ser preparação para a próxima campanha”, questionou, sugerindo motivações políticas por trás da medida.
Sobre seu futuro, Marquinhos confirmou a intenção de concorrer a deputado estadual em 2026. “É possível e natural para um político que busca desafios. Renunciei como prefeito sem apego ao poder, mantendo minha essência como advogado, professor e jogador de pelada. O cargo não me envaidece; é passageiro. Como governador, poderia ajudar Campo Grande mais, sem depender de conchavos para recursos”, afirmou, criticando a submissão a trocas políticas para obter verbas federais ou estaduais.
Por fim, o ex-prefeito defendeu sua trajetória impecável. “Não tenho contas bloqueadas ou bens sequestrados, ao contrário de outros gestores, até em nível estadual, que enfrentam processos. Vivo sem ações de improbidade, com minha vida exposta e limpa”, concluiu.
A entrevista de Marquinhos Trad na Rede Top FM deixou um marco de reflexão sobre liderança, oposição e os desafios da administração pública.
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