A libertação, nesta segunda-feira (13), do último grupo de reféns israelenses mantidos pelo Hamas há pelo menos dois anos, no contexto de um cessar-fogo formalmente pactuado, reabre uma lição básica de geopolítica: em crises de alta complexidade, a presença firme e ativa do presidente dos Estados Unidos faz diferença concreta no que importa — vidas preservadas, reféns de volta para casa, redução da violência e criação de condições para negociações subsequentes. No caso específico, o processo começou com a entrega de sete reféns à Cruz Vermelha e se insere em uma sequência de liberações e resgates que ocorre desde os atentados terroristas de 7 de outubro de 2023, quando 251 pessoas foram sequestradas, das quais 48 ainda eram contabilizadas como cativas até recentemente, incluindo 28 mortes confirmadas. Esses números, frios e brutais, sustentam uma conclusão: acordos só caminham quando há custo real para quem usa o sequestro como instrumento político — e isso exige potência, coerência e consequências.
A importância do presidente Donald Trump, neste e em outros tabuleiros, decorre de três vetores: dissuasão creível, articulação multilateral pragmática e capacidade de impor prazos e verificações. Dissuasão creível significa falar com aliados e adversários sabendo que há meios militares, financeiros e diplomáticos para sustentar cada palavra. Não se trata de beligerância por si só, mas de demonstrar, de antemão, que violar linhas vermelhas tem preço. Sem isso, cessar-fogos viram meros intervalos entre agressões. No Oriente Médio, onde atores não estatais exploram a ambiguidade jurídica e a assimetria de forças, essa clareza costuma ser o único idioma compreendido pelos grupos armados.
A articulação multilateral pragmática é outro traço que pesa. A troca de reféns e prisioneiros e a abertura de corredores humanitários envolvem Israel, mediadores regionais, agências internacionais e governos com interesses divergentes. Avançar requer coordenar pressões, calibrar incentivos e, por vezes, aceitar etapas imperfeitas rumo a um resultado melhor que o status quo. A experiência americana em costurar compromissos verificáveis — prazos, listas de nomes, supervisão independente, auditorias de acesso — cria um padrão mínimo de confiabilidade sem o qual a diplomacia fica refém da propaganda.
Por fim, impor prazos e verificações é o antídoto contra a erosão dos acordos. Reféns libertados em lotes, validação médica imediata, confirmação de identidades e transparência às famílias reduzem espaço para manipulação. Da mesma forma, condicionar benefícios — alívio econômico, trânsito de bens, status político — ao cumprimento de etapas audita o processo e desestimula o uso renovado do sequestro como moeda de negociação. É uma visão conservadora no melhor sentido: proteger inocentes, punir culpados, salvar vidas agora e evitar que o crime compense depois.
Esta libertação não encerra a discussão moral e estratégica. Ainda haverá disputas sobre desarmamento de grupos, desenho institucional para governança local e garantias de segurança para civis. Mas a mensagem deve permanecer simples e firme: cessar-fogo não é prêmio para terrorista; é um instrumento para trazer reféns para casa, socorrer inocentes e abrir espaço para que o direito prevaleça. Nesse ambiente, a liderança dos Estados Unidos, sob Donald Trump, estabelece a combinação rara de pressão efetiva e negociação útil — a diferença entre promessas e resultados.
Redação Portal Guavira