O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) realizou a sua 226ª sessão ordinária na manhã desta quarta-feira, 18 de junho, reunindo representantes do poder público e da sociedade civil para tratar de pautas centrais que envolvem os direitos das mulheres em todas as esferas de poder e da sociedade.
Durante o encontro, houve a apresentação das novas integrantes do conselho, seguidas por uma discussão aprofundada sobre a organização da próxima Conferência Municipal dos Direitos da Mulher, evento previsto para reunir diversos segmentos em prol da reflexão e proposição de políticas públicas efetivas.
Além disso, foi reforçado o compromisso com temas urgentes, como a acessibilidade em espaços públicos e privados, e a ampliação de direitos para mulheres em situação de vulnerabilidade — incluindo mulheres negras, indígenas, com deficiência e demais recortes sociais.
A sessão contou com a condução de integrantes da diretoria do conselho: a presidente Iacita Azamor Pionti, a segunda secretária, Claudia Cafure Alves Corrêa Antunes, e a terceira secretária, Cleuza Ananias Vasconcellos.
No encontro, a presidente Iacita destacou o papel coletivo do conselho, formado por 20 entidades, sendo 10 governamentais e 10 entidades da sociedade civil.
“O conselho tem por missão propor e fiscalizar políticas públicas. Participamos de comitês da mortalidade materna, da Comissão de Saúde da Mulher e organizamos mutirões para divulgar os serviços disponíveis a cada mulher brasileira. Ainda realizamos ações mensais nas comunidades, levando serviços e promovendo diálogos sobre relacionamentos abusivos para fortalecer a saída da violência e ampliar o acesso a direitos básicos, muitas vezes desconhecidos”, pontuou Iacita.
Entre os diversos temas debatidos nesta manhã, a acessibilidade em estabelecimentos públicos e privados em Campo Grande ganhou destaque. A presidente da Associação de Mulheres com Deficiência de MS (AMDEF-MS), Mirella Ballatore, expôs a dificuldade que ela mesma, como deficiente, encontra na questão da acessibilidade em diversos órgãos e até mesmo nas vias públicas de acesso.
A presidente do conselho ressaltou que o trabalho da organização é justamente atuar para atender a todas as mulheres. “Atuamos em todos os recortes: mulheres com deficiência, negras, indígenas, estamos sempre atentas a essas pautas. A partir dessa sessão, faremos indicações ao poder público e ao setor privado para promover melhorias concretas de acessibilidade para todas as mulheres e todas as pessoas”, declarou Iacita Pionti.
CMDM
Ao longo de suas mais de 226 sessões, o Conselho Municipal tem sido um importante instrumento de transformação. Desde a sua criação, tem atuado com firmeza na construção de políticas que protegem as mulheres contra violência, promovem saúde, garantem autonomia econômica e estimulam a participação social. Entre suas realizações, destacam-se:
- A promoção de campanhas de conscientização sobre violência doméstica e direitos reprodutivos; a fiscalização de serviços públicos, especialmente nas áreas de saúde e assistência social; o apoio à criação de redes de atendimento para mulheres em situação de vulnerabilidade; a realização de eventos formativos e conferências municipais, o acompanhamento de indicadores, como mortalidade materna e casos de violência de gênero.
A mobilização do CMDM pelos direitos das mulheres segue firme, com vistas a garantir a inclusão de todas, independentemente de raça, classe social, orientação ou capacidade, na construção de uma sociedade mais justa e acessível. Em um cenário que requer participação ativa e sensível às diversidades, o CMDM reafirma seu papel como guardião e protagonista dos direitos das mulheres no município de Campo Grande.
Texto: Olga Cruz
Redação Portal Guavira
