Cientistas japoneses desenvolveram um sangue artificial que promete transformar a medicina de emergência e o atendimento em locais remotos, capaz de ser utilizado em pacientes de qualquer tipo sanguíneo. Publicado na prestigiada revista científica Transfusion, o estudo detalha a criação de “vesículas de hemoglobina”, partículas de aproximadamente 250 nanômetros que imitam os glóbulos vermelhos naturais no transporte de oxigênio. Em testes realizados com coelhos, o produto demonstrou eficácia comparável ao sangue real, sem efeitos colaterais graves, marcando um avanço significativo na busca por alternativas seguras às transfusões tradicionais.
Uma das principais inovações do sangue sintético é sua compatibilidade universal, eliminando a necessidade de testes de tipagem sanguínea em situações críticas, onde cada segundo conta. Além disso, o produto pode ser armazenado à temperatura ambiente por mais de um ano, superando as limitações do sangue humano, que requer refrigeração constante e tem validade de no máximo 42 dias. Essa característica o torna especialmente promissor para regiões de difícil acesso, como áreas rurais isoladas, zonas de conflito e cenários de desastres naturais, onde a logística de transporte e conservação de sangue é um desafio.
A criação surge como uma solução para a crescente escassez de doadores, um problema amplificado em países como o Japão, que enfrenta um envelhecimento populacional e uma redução no número de voluntários. Embora os ensaios clínicos em humanos estejam apenas começando, os pesquisadores expressam otimismo, com projeções de aplicação clínica até o final da década, caso os testes confirmem sua segurança e eficácia. Se aprovado, o sangue artificial pode revolucionar o sistema de transfusões globais, ampliando o acesso a tratamentos seguros e eficazes, especialmente em emergências.
Às 10:30 desta quinta-feira, 29 de maio de 2025, a inovação japonesa já desperta interesse mundial, sendo vista como um passo adiante para salvar vidas onde as limitações atuais do sistema de doação falham. A comunidade médica acompanha de perto os próximos estágios de desenvolvimento, que podem redefinir o futuro das transfusões.
Informações: The Brew News
Redação Portal Guavira