quarta-feira, outubro 8, 2025
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Cotação do dia: Soja e Frango lideram altas nas cotações

O mercado agropecuário de Mato Grosso do Sul fecha o mês de abril com cotações que refletem a força das exportações e os desafios climáticos recentes. Baseado em tendências do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e do portal Notícias Agrícolas, a soja e o frango mantêm valorizações, enquanto o milho segue pressionado pela oferta da safrinha 2024/25. Chuvas esparsas previstas para o dia, com até 4 mm em Dourados, segundo o Cemtec-MS, podem trazer alívio às lavouras, mas também dificultar o transporte.

Contexto do Mercado Agropecuário

Mato Grosso do Sul, que contribui com 6,8% da produção nacional de grãos e é o quinto maior estado em abate de bovinos (IBGE), mantém sua relevância no cenário agropecuário brasileiro. A soja segue beneficiada pela demanda chinesa, que cresceu 28% em importações do Brasil em 2025, conforme o Cepea. Frango e suínos continuam aquecidos por exportações aos países árabes, com volumes próximos a US$ 1 bilhão, segundo a Agrimídia. No entanto, o milho enfrenta pressão de baixa pela oferta elevada, enquanto o gado registra estabilidade.

As chuvas de abril, que acumularam 286 mm em Campo Grande até o dia 28 (Climatempo), beneficiaram a safrinha de milho, mas alagamentos em rodovias como a BR-163 elevaram os custos logísticos, especialmente para grãos. Na pecuária, a adoção de energia solar por 70% dos produtores integrados de frango da Seara, conforme a Agrimídia, segue como estratégia para reduzir custos em meio à alta nos preços de ração.

As cotações abaixo são estimativas ajustadas para o mercado sul-mato-grossense, considerando variações diárias e regionais.

Tabela de Cotações – 30 de Abril de 2025

CommodityUnidadeCotação (R$)Variação (em relação a 29/04/2025)Observações
SojaSaca de 60 kg170,50+0,3%Demanda chinesa e dólar a R$ 5,67 sustentam alta.
MilhoSaca de 60 kg89,00-0,6%Oferta elevada da safrinha pressiona preços.
SorgoSaca de 60 kg82,00-0,6%Estabilidade com demanda interna limitada.
Gado (Boi Gordo)Arroba (15 kg)235,000,0%Estabilidade com demanda doméstica equilibrada.
Frango (Vivo)Kg8,50+1,2%Exportações aos países árabes e demanda interna em alta.
Ovos (Comercial)Dúzia9,10+1,1%Consumo interno sustenta valorização.
Suínos (Vivo)Kg10,30+1,0%Exportações à Arábia Saudita impulsionam preços.

Fontes: Cepea-Esalq/USP, Famasul (Granos Corretora), Notícias Agrícolas.

Soja

A soja sobe para R$ 170,50 por saca de 60 kg, com alta de 0,3%, impulsionada pela demanda chinesa e pelo dólar a R$ 5,67. Em Dourados, preços alcançaram R$ 173,00 em algumas negociações, refletindo a robustez da safra 2024/25, estimada em 12 milhões de toneladas no estado (IBGE).

Milho

O milho registra nova queda, cotado a R$ 89,00 por saca, com recuo de 0,6%. A oferta abundante da safrinha 2024/25, com alta produtividade em Amambai, segundo a Famasul, continua a pressionar os preços, mesmo com chuvas beneficiando as lavouras.

Sorgo

O sorgo, a R$ 82,00 por saca, apresenta variação negativa de 0,6%. A produção nacional para 2025, projetada em 4,1 milhões de toneladas (IBGE), segue limitada pela preferência por soja e milho, mantendo a demanda interna estável.

Gado (Boi Gordo)

O boi gordo mantém estabilidade a R$ 235,00 por arroba, sem variação. A demanda doméstica, equilibrada pela oferta sustentada por pastagens beneficiadas pelas chuvas, e exportações à China, que absorvem 50% do volume exportado (Notícias Agrícolas), mantêm os preços firmes.

Frango

O frango vivo sobe para R$ 8,50 por kg, com alta de 1,2%, beneficiado por exportações aos países árabes e demanda interna. A energia solar, usada por 70% dos produtores integrados da Seara, ajuda a manter preços competitivos, segundo a Agrimídia.

Ovos

Os ovos comerciais atingem R$ 9,10 por dúzia, com alta de 1,1%. O consumo interno, especialmente em Campo Grande, sustenta os preços, mas a oferta equilibrada limita ganhos maiores, conforme o Cepea.

Suínos

Os suínos vivos, a R$ 10,30 por kg, valorizam 1,0%, impulsionados pelas exportações à Arábia Saudita. A Lar Cooperativa, em Maracaju, destaca a produção de 98 mil toneladas/mês de ração como fator de competitividade.

Impactos na Economia Local

O agronegócio, que representa 30% do PIB de Mato Grosso do Sul (Famasul), enfrenta um cenário misto. As chuvas esparsas previstas para o dia 30, com até 4 mm em Dourados, podem aliviar lavouras, mas também dificultar o transporte de grãos, elevando custos logísticos. A valorização do dólar a R$ 5,67 beneficia exportações, mas pressiona os custos de insumos importados, como fertilizantes, que subiram até 30% em relação a 2024, segundo o Imea.

A demanda internacional segue como motor de crescimento, mas tensões comerciais, como tarifas entre EUA e China, podem trazer volatilidade, conforme o Canal Rural. Produtores devem acompanhar os mercados de Chicago (CBOT) e Paranaguá para antecipar movimentos.

Dica de Investimento

A avicultura segue como uma aposta segura para 2025. Com o frango vivo valorizando 1,2% e exportações aos países árabes aquecidas, investir em avicultura integrada, como os modelos da Seara, pode trazer retornos consistentes. A adoção de energia solar para reduzir custos e o uso de tecnologias de manejo, como as da Lar Cooperativa, aumentam a eficiência. No entanto, é essencial monitorar os custos de milho e farelo de soja, que impactam a ração, e os riscos climáticos na logística. Acompanhar cotações diárias em plataformas como Cepea e Notícias Agrícolas é crucial para decisões estratégicas.

Perspectivas Futuras

A safra 2024/25 de soja, com 12 milhões de toneladas em MS (IBGE), reforça o papel do estado como líder exportador. No entanto, a irrigação, que cobre apenas 265 mil hectares dos 4,7 milhões cultiváveis (Ministério da Agricultura), continua como desafio para mitigar riscos climáticos. Na pecuária, tecnologias como rastreabilidade blockchain podem agregar valor às exportações, especialmente para o gado.

Para os produtores de Mato Grosso do Sul, o momento exige planejamento e acompanhamento de mercados globais. Com exportações aquecidas e desafios climáticos, o estado segue como um pilar da segurança alimentar global, mas a gestão de custos e riscos será essencial para o sucesso em 2025.

Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira

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