sexta-feira, 27 junho, 2025
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Cotação do dia: Soja e pecuária em alta

Neste feriado de Dia do Trabalhador, o mercado agropecuário de Mato Grosso do Sul apresenta cotações aquecidas, com a soja e setores da pecuária, como frango e suínos, registrando valorizações. Baseado em tendências do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e do portal Notícias Agrícolas, o cenário reflete a força das exportações e os impactos de um clima mais estável, com chuvas leves de até 3 mm previstas para Dourados. Apesar disso, os desafios logísticos persistem devido aos acumulados de abril, que afetaram rodovias como a BR-163.

Contexto do Mercado Agropecuário

Mato Grosso do Sul, responsável por 6,8% da produção nacional de grãos e o quinto maior estado em abate de bovinos, segundo o IBGE, mantém sua posição de destaque no agronegócio brasileiro. A soja segue como protagonista, impulsionada pela demanda chinesa, que cresceu 28% em importações do Brasil em 2025, conforme o Cepea. Frango e suínos também se beneficiam de exportações robustas para mercados árabes, com volumes próximos a US$ 1 bilhão, de acordo com a Agrimídia. O milho, no entanto, enfrenta pressão de baixa pela oferta da safrinha 2024/25, enquanto o gado registra leve alta pela demanda doméstica.

Abril foi um mês chuvoso, com 286 mm acumulados em Campo Grande, 353% acima da média, segundo o Climatempo. Embora as chuvas tenham beneficiado as lavouras, alagamentos impactaram o transporte de grãos, elevando custos logísticos. Na pecuária, a energia solar, adotada por 70% dos produtores integrados de frango da Seara, segue como aliada para reduzir custos de produção, conforme a Agrimídia.

As cotações abaixo são estimativas ajustadas para o mercado sul-mato-grossense, considerando variações regionais e diárias.

Tabela de Cotações – 1º de Maio de 2025

CommodityUnidadeCotação (R$)Variação (em relação a 30/04/2025)Observações
SojaSaca de 60 kg171,00+0,3%Demanda chinesa e dólar a R$ 5,67 impulsionam alta.
MilhoSaca de 60 kg88,50-0,6%Oferta elevada da safrinha pressiona preços.
SorgoSaca de 60 kg81,50-0,6%Demanda interna limitada mantém estabilidade.
Gado (Boi Gordo)Arroba (15 kg)236,00+0,4%Demanda doméstica e exportações à China sustentam alta.
Frango (Vivo)Kg8,60+1,2%Exportações aos países árabes seguem firmes.
Ovos (Comercial)Dúzia9,20+1,1%Consumo interno sustenta valorização.
Suínos (Vivo)Kg10,40+1,0%Exportações à Arábia Saudita impulsionam preços.

Soja

A soja sobe para R$ 171,00 por saca de 60 kg, com alta de 0,3%, beneficiada pela demanda chinesa e pelo dólar a R$ 5,67. Em Dourados, principal polo sojicultor do estado, os preços chegaram a R$ 173,50 em algumas praças, refletindo a força da safra 2024/25, estimada em 12 milhões de toneladas, segundo o IBGE.

Milho

O milho registra nova queda, cotado a R$ 88,50 por saca, com recuo de 0,6%. A oferta abundante da safrinha 2024/25, com alta produtividade em regiões como Amambai, segundo a Famasul, continua a pressionar os preços, apesar do clima mais estável.

Sorgo

O sorgo, a R$ 81,50 por saca, apresenta variação negativa de 0,6%. A produção nacional para 2025, projetada em 4,1 milhões de toneladas pelo IBGE, segue limitada pela preferência por soja e milho, mantendo a demanda interna estável.

Gado (Boi Gordo)

O boi gordo sobe para R$ 236,00 por arroba, com alta de 0,4%, impulsionada pela demanda doméstica e exportações à China, que absorvem 50% do volume exportado pelo estado, segundo o Notícias Agrícolas. Pastagens beneficiadas pelas chuvas de abril sustentam a oferta.

Frango

O frango vivo atinge R$ 8,60 por kg, com alta de 1,2%, sustentado por exportações aos países árabes e demanda interna. A adoção de energia solar por 70% dos produtores integrados da Seara ajuda a manter preços competitivos, conforme a Agrimídia.

Ovos

Os ovos comerciais chegam a R$ 9,20 por dúzia, com alta de 1,1%. O consumo interno, especialmente em Campo Grande, sustenta os preços, mas a oferta equilibrada limita ganhos maiores, segundo o Cepea.

Suínos

Os suínos vivos, a R$ 10,40 por kg, valorizam 1,0%, beneficiados pelas exportações à Arábia Saudita. A Lar Cooperativa, em Maracaju, destaca a produção de 98 mil toneladas/mês de ração como fator de competitividade.

Impactos na Economia Local

O agronegócio, que representa 30% do PIB de Mato Grosso do Sul, segundo a Famasul, segue como motor econômico. As chuvas leves previstas para o dia 1º, com até 3 mm em Dourados, não devem impactar significativamente o transporte, mas os acumulados de abril ainda geram desafios logísticos, especialmente na BR-163. O dólar a R$ 5,67 beneficia as exportações, mas pressiona os custos de insumos importados, como fertilizantes, que subiram até 30% em relação a 2024, conforme o Imea.

A demanda internacional, especialmente da China e de mercados árabes, continua a impulsionar o setor, mas tensões comerciais globais, como tarifas entre EUA e China, podem trazer volatilidade, segundo o Canal Rural. Produtores devem acompanhar os mercados de Chicago (CBOT) e Paranaguá para antecipar movimentos.

Dica de Investimento

A suinocultura segue como uma opção atrativa para 2025. Com os suínos vivos valorizando 1,0% e exportações à Arábia Saudita em alta, investir em suinocultura integrada, como os modelos da Lar Cooperativa, pode gerar bons retornos. A eficiência na produção de ração, com 98 mil toneladas/mês pela Lar, e o foco em mercados externos são pontos fortes. No entanto, é crucial monitorar os custos de milho e farelo de soja, além de riscos climáticos que afetam a logística. Acompanhar cotações diárias em plataformas como Cepea e Notícias Agrícolas é essencial para decisões assertivas.

Perspectivas Futuras

A safra 2024/25 de soja, com 12 milhões de toneladas no estado, segundo o IBGE, consolida Mato Grosso do Sul como líder exportador. Contudo, a irrigação, que cobre apenas 265 mil hectares dos 4,7 milhões cultiváveis, segundo o Ministério da Agricultura, segue como desafio para mitigar riscos climáticos. Na pecuária, tecnologias como rastreabilidade blockchain podem agregar valor às exportações, especialmente para o gado.

Para os produtores do estado, o momento exige planejamento estratégico. Com exportações aquecidas e um clima em transição, Mato Grosso do Sul continua a ser essencial para a segurança alimentar global, mas a gestão de custos e riscos será determinante para o sucesso em 2025.

Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira

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