O exercício físico é cada vez mais reconhecido como um componente essencial no tratamento do câncer, atuando como um importante adjuvante capaz de melhorar tanto a eficácia das terapias quanto a qualidade de vida dos pacientes. Segundo a Sociedade Americana de Oncologia Clínica, a prática regular e supervisionada de atividades físicas deve ser recomendada para pacientes em tratamento ativo com intenção curativa, pois está associada a baixo risco de eventos adversos e traz inúmeros benefícios.
Praticar exercícios aeróbicos e de força ajuda a mitigar efeitos colaterais comuns do tratamento oncológico, como fadiga, ansiedade e depressão, além de contribuir para a manutenção da capacidade cardiorrespiratória e força muscular. Estudos indicam que exercícios realizados no período pré-operatório podem reduzir o tempo de internação e complicações pós-cirúrgicas. No Brasil, o apoio da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde e do Instituto Nacional de Câncer reforça a importância dessa prática.
O exercício físico promove importantes melhorias metabólicas e hormonais, reduzindo níveis de glicose, insulina e estrógeno, além de diminuir marcadores inflamatórios como IL6 e PCR. Ademais, melhora a vascularização tumoral, favorecendo a absorção dos medicamentos quimioterápicos e potencializando os efeitos da quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, ao mesmo tempo em que minimiza seus efeitos colaterais.
A recomendação atual é que pacientes se envolvam em pelo menos 150 minutos semanais de atividade física moderada, ou 75 minutos de atividade vigorosa, ajudando também no controle de condições associadas, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
Embora existam contraindicações clínicas para certos quadros, o incentivo ao exercício físico no ambiente oncológico é uma estratégia comprovadamente eficaz, que pode aumentar a sobrevida, reduzir complicações e melhorar o prognóstico dos pacientes.
Redação Portal Guavira
