quinta-feira, 26 junho, 2025
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GEAAV em Campo Grande oferece apoio essencial para futuros pais adotivos

A decisão de adotar é um ato de amor, mas também um caminho que traz dúvidas, desafios e, principalmente, a necessidade de apoio. É exatamente esse papel que o GEAAV – Grupo de Estudos e Apoio à Adoção Vida desempenha com os pretendentes à adoção. Em Campo Grande, o grupo oferece escuta, acolhimento, troca de experiências e informações, com foco nas necessidades de crianças, adolescentes e trazendo o suporte que as famílias necessitam.

Coordenado por Lydia Pellat, o GEAAV é formado exclusivamente por voluntários e não possui fins lucrativos. Atua como um espaço de acolhimento, não sendo uma ONG, mas uma rede de apoio sólida, que faz a diferença na vida de quem busca construir ou ampliar sua família por meio da adoção.

“GEAAV é um espaço que oferece escuta, acolhimento, troca de experiências e informações, com foco em crianças e adolescentes. É um ponto de contato para quem busca informações sobre adoção e apoio nesse processo. O GEAAV é um importante recurso para pais, crianças e adolescentes”, explica Lydia Pellat.

O GEAAV desenvolve seu trabalho em parceria com a Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso  da comarca de Campo Grande. A partir desse trabalho conjunto, o grupo recebe encaminhamentos de pretendentes à adoção, sejam aqueles que participam do curso de preparação, sejam aqueles que enfrentaram restrições durante o processo.

“A Vara da Infância nos encaminha os pretendentes, aqueles que tiveram restrições e aqueles que participam do curso de preparação para adoção. A gente também tem um vídeo no curso de preparação, além disso, somos procurados espontaneamente por pessoas que nos encontram através das redes sociais, de reportagens e por indicação de quem já participa”, acrescenta Lydia.

A história da professora Renata de Oliveira Françoso é um exemplo vivo do impacto transformador do GEAAV. Ela conheceu o grupo em 2015, em busca de apoio emocional durante sua jornada rumo à adoção. Em 2016, após a chegada de seu filho, tornou-se voluntária.

“O grupo me acolheu de braços abertos. Eu me lembro até hoje que cheguei no dia da reunião muito angustiada, com o coração muito apertado, porque essa gestação da adoção acontece de forma diferente. É uma gestação emocional, não tem barriga, mas sentimos a necessidade de conversar, de expressar, de trocar ideias. Me lembro com muito carinho desse primeiro dia, desse acolhimento. Foi um lugar onde me senti realmente amparada, esperando meu filho”, relata Renata.

Ela, que já era mãe biológica de um menino de cinco anos, sentiu na prática as diferenças entre a gestação biológica e a adoção. “Na gestação biológica todo mundo conversa, pergunta, te paparica, você é vista. Na adoção, essa barriga é invisível para os outros, mas não para nós. Isso me angustiava muito. Eu precisava falar desse carinho, dos medos e das angústias, entender como seria ser mãe de um filho que chegaria por adoção”, conta.

Ao vivenciar esse processo no grupo, Renata se fortaleceu. “Ser parte do GEAAV foi maravilhoso, porque ouvindo outros pais começamos a entender melhor como enfrentar os desafios da adoção. Toda maternidade e paternidade tem desafios, e na adoção também existem muitos. No grupo, a gente amadurece, quebra tabus, reflete sobre o perfil dos filhos, sobre como falar sobre adoção com eles. Isso foi fundamental para mim, e eu quis, então, ajudar outras famílias”, afirma.

Apoio contínuo e rede ativa – O GEAAV mantém dois grupos de WhatsApp, que funcionam como extensão do acolhimento presencial: um voltado para pretendentes (grupo pré-adoção) e outro para quem já concluiu o processo (grupo pós-adoção). Ali, os participantes podem tirar dúvidas, compartilhar suas angústias e alegrias, além de receber indicações de profissionais especializados.

“Nós atendemos várias demandas pelo WhatsApp durante todo o mês. Todos nós somos voluntários, mas não somos uma ONG. Fazemos isso por amor, porque sabemos a diferença que esse apoio faz na vida das famílias e das crianças”, ressalta Lydia.

O trabalho do GEAAV se estende também às crianças, que durante os encontros podem interagir e conviver com outras que também vieram por adoção, além de participar de atividades específicas para elas.

“O grupo faz muito bem não só para nós, pais, mas também para nossos filhos. Eles têm a oportunidade de viver momentos com outras crianças que também são filhos por adoção e podem falar sobre suas próprias angústias, em um espaço seguro e acolhedor”, reforça Renata.

Saiba mais – O GEAAV segue de portas abertas para qualquer pessoa interessada na adoção. Quem desejar participar em Campo Grande e buscar mais informações pode entrar em contato pelo telefone 67-99317-4566.

Autor da notícia: Secretaria de Comunicação – imprensa@tjms.jus.br

Informações: https://www.tjms.jus.br/noticia/65641

Redação Portal Guavira

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