O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Gerson Claro (PP), apresentou nesta quarta-feira (20) um balanço da missão internacional realizada entre os dias 4 e 16 de agosto, liderada pelo governador Eduardo Riedel. A comitiva visitou Índia, China e Singapura com o objetivo de atrair investimentos e projetar Mato Grosso do Sul como um polo de desenvolvimento sustentável.
Segundo o parlamentar, a viagem mostrou que o Estado ainda é pouco conhecido em embaixadas e grandes empresas estrangeiras, o que reforça a importância de ações estruturadas de promoção internacional.
“Levamos material destacando a transição energética, a verticalização da produção, a produtividade da soja, o compromisso com o carbono neutro até 2030 e a segurança alimentar. Precisamos apresentar o verdadeiro Mato Grosso do Sul para o mundo”, destacou Gerson.
O deputado ressaltou dados levados pelo governador, como a redução da área de pecuária de 20 para 16 milhões de hectares em 15 anos, mesmo com o aumento da produção, além da produtividade agrícola, do baixo índice de desemprego (2,9% desde 2012) e de modelos sustentáveis que remuneram boas práticas.
Gerson também lembrou os desafios enfrentados em relação à imagem do Brasil e do Estado no exterior:
“A visão que ainda se tem é de aftosa, desmatamento e carne de baixa qualidade. Conseguimos desconstruir isso e mostrar outra realidade a grandes empresas e embaixadas”, afirmou.
Entre as críticas, o presidente da ALEMS destacou que avanços relevantes, como a Lei do Pantanal, quase não são divulgados fora do país:
“Se houvesse queimadas, a repercussão seria enorme. Mas quando temos chuvas e não há incêndios, nada é mostrado. Isso é autossabotagem”, disse.
Durante a sessão, parlamentares reforçaram as análises de Gerson. O deputado Pedrossian Neto (PSD) defendeu a criação de uma agência estadual de promoção de exportações, nos moldes da ApexBrasil, para profissionalizar a divulgação internacional. Já o deputado Pedro Kemp (PT) destacou a relevância geopolítica da Ásia e a ascensão dos BRICS frente à decadência do protagonismo norte-americano.
Ao concluir, Gerson Claro defendeu uma diplomacia econômica acima de disputas ideológicas:
“Relacionamento comercial não pode ser ideologia. Precisamos vender para a China, fortalecer os BRICS e, sobretudo, buscar aquilo que melhora a vida da população brasileira”, concluiu.
Redação Portal Guavira
