quinta-feira, 26 junho, 2025
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Gerson Claro toma a frente na disputa pela candidatura ao Senado pelo PP

Com a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) parcialmente garantida, o foco político em Mato Grosso do Sul se desloca para as duas cadeiras do Senado que serão votadas no jogo nas próximas eleições. O tabuleiro está em plena movimentação, e os principais atores – Reinaldo Azambuja, Tereza Cristina e o próprio Riedel – trabalham em sintonia para consolidar uma chapa que mantém o estado como um reduto forte da direita, sem dar espaço para o retorno da esquerda que já dominou a região nos tempos de Zeca do PT, Vander Loubet, Biffi e Dagoberto Nogueira.

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Nelsinho e Soraya fora da briga?

Os atuais senadores Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos) parecem inclinados a buscar um caminho mais seguro na Câmara Federal. Para Nelsinho, a disputa pelo Senado se mostra especialmente desafiadora: em qualquer direção que olhe, ele esbarra na figura de Reinaldo Azambuja, ex-governador e hoje cotado como o “queridinho” do ex-presidente Jair Bolsonaro no estado. Essa posição de proximidade com Bolsonaro é vista como o único “passe livre” para uma das cadeiras senatoriais, e Reinaldo, prestes a migrar para o PL, parece ter a preferência selada.

Bolsonaro, sempre com seu estilo provocador, chegou a citar Giane Nogueira, esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), como possível candidata, numa clara jogada para mostrar a Reinaldo que há concorrência no radar. “Ele tem quem quer, e tem mesmo”, dizem nos bastidores, mas o ex-governador segue como o nome mais forte do “grupo dos governadores” – uma aliança que reúne Riedel, Tereza Cristina e seus aliados.

Riedel, Reinaldo e Tereza: o tripé da direita

A filiação de Reinaldo ao PL é vista como o desenho ideal para fortalecer a chapa dos sonhos desse grupo. Com isso, Riedel ganha flexibilidade para definir seu futuro partidário: pode se alinhar ao PP da senadora Tereza Cristina, sua aliada de longa data, ou aceitar o convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desponta como potencial candidato da direita à Presidência em 2026. O objetivo comum é claro: evitar que a esquerda recupere terreno em Mato Grosso do Sul.

Tereza Cristina, uma das figuras mais influentes do estado e do agronegócio nacional, jogou uma carta decisivamente ao afirmar que o PP terá candidato próprio ao Senado. A declaração reforça a leitura de que ela, Riedel e Reinaldo estão alinhadas para ocupar o espaço político com nomes de peso. Embora o senador ainda não tenha revelado todos os planos, a entrega nos bastidores sugere que o tabuleiro vem sendo cuidadosamente montado há meses.

Gerson Claro: o nome da segunda vaga

Nesse cenário, quem ganha destaque é Gerson Claro (PP), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Questionado sobre a possibilidade de ser candidato do PP ao Senado, com o apoio de Tereza Cristina, Gerson foi enfático – e perdoem o trocadilho esperado: “Só não serei se isso atrapalhar o grupo. Mas a oportunidade não me pegará dormindo”. Sua trajetória, marcada pela habilidade de diálogo e eliminação de incêndios políticos, o coloca como um nome estratégico.

Antes mesmo de assumir a presidência da ALEMS, Gerson já atuava como “bombeiro” na política partidária, na Associação dos Municípios (Assomassul) e na própria Assembleia. Essa capacidade de mediação o levou à cadeira mais importante da Casa e, agora, o posicionamento como o “algodão entre os cristais” num momento em que a saída da esquerda do governo Riedel parece iminente. Para a segunda vaga no Senado, ele é visto como o ele é capaz de manter pontes com o centro-esquerda sem abandonar os princípios da direita – uma qualidade que até Bolsonaro, conhecido por sua postura, regular como necessidade.

Tereza Cristina firmando alianças nacionais

A influência de Tereza Cristina vai além do estado. Em Brasília, ela tem sido peça-chave na articulação da lei da reciprocidade, uma resposta às avaliações econômicas impostas por Donald Trump, ídolo de Bolsonaro. Esse perfil dialogador e suprapartidário é o que os partidos buscam, e Gerson Claro se encaixa perfeitamente. Não por acaso, logo após Bolsonaro revelar que Tereza confirmou a candidatura própria do PP ao Senado, Gerson apareceu ao seu lado em fotos na capital federal.

A senadora, cotada para servir numa eventual chapa presidencial de Tarcísio de Freitas – seu amigo pessoal –, também nomeou Gerson do deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a bancada mais poderosa do Congresso. A imagem dos dois juntos é um sinal claro: Gerson está cumprindo a cartilha de um candidato de coalizão.

Apoio sólido e o cavalo encilhado

Nos corredores da ALEMS, o apoio a Gerson Claro é praticamente unânime entre os deputados. Se o “cavalo passar encilhado”, como diz o ditado, ele está pronto para montar. Enquanto Reinaldo Azambuja deve garantir uma das cadeiras com o respaldo de Bolsonaro, Gerson surge como o nome forte para a segunda vaga, unindo a força do PP de Tereza Cristina à habilidade de dialogar com diferentes espectros políticos.

A disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul promete ser um capítulo à parte na política estadual. Com Reinaldo, Riedel, Tereza e Gerson no comando das articulações, o estado se consolida como um terreno fértil para a direita. O assunto ainda vai render muito, e estaremos de olho em cada movimento.

Fonte: https://cliquenewsms.com.br/2025/04/02/pp-tera-candidato-ao-senado-gerson-claro-larga-na-frente-na-disputa-pela-vaga/

Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira

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