sábado, dezembro 6, 2025
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Hospital Regional de MS economiza R$ 1,6 milhão com inovação na Nutrição Parenteral Total

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) vem se destacando pela capacidade de inovar e gerir seus recursos de maneira eficiente. Com a implementação de um projeto inovador de otimização da Nutrição Parenteral Total (NPT) — terapia essencial para pacientes que não podem se alimentar pela via oral — a instituição conseguiu reduzir em 43% os custos dessa modalidade de tratamento, gerando uma economia superior a R$ 1,6 milhão por ano.

Idealizado pela farmacêutica Kelly Pilon e pelo analista de sistemas Mário Masahide, o projeto nasceu da necessidade de controlar o alto gasto com NPT, que comprometia cerca de 6% do orçamento do hospital, chegando a consumir R$ 3,6 milhões anualmente. A solução encontrada está estruturada em três pilares: reengenharia clínica, informatização dos processos e técnicas avançadas de negociação baseadas em dados.

Um dos focos centrais foi a padronização do protocolo de prescrição, que evita pedidos fracionados, garantindo que cada paciente receba apenas uma bolsa de NPT a cada 24 horas, o que eliminou o desperdício e aumentou a segurança no atendimento. A informatização adicionou ao processo regras clínicas e validações automáticas que diminuem riscos de erros de dosagem e incompatibilidades medicamentosas.

Além do impacto direto na segurança dos pacientes e na eficiência da equipe hospitalar, o projeto utilizou a análise de Big Data para fundamentar negociações com fornecedores, resultando numa redução média de 25% no custo de cada bolsa de NPT.

Em seis meses, os resultados foram expressivos: o custo médio por prescrição caiu de R$ 1.100 para menos de R$ 600, e o índice de prescrição por bolsa alcançou a excelência de 1:1. A iniciativa, reconhecida com o XX Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública, é totalmente replicável em outros hospitais do SUS sem a necessidade de novos investimentos, utilizando as ferramentas e equipes já existentes.

Marielle Alves Corrêa Esgalha, diretora-presidente da Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul (Funsau), destacou que o projeto exemplifica como a inovação e a boa governança podem transformar o serviço público e fortalecer o SUS, gerando mais qualidade no atendimento com maior eficiência orçamentária.

Redação Portal Guavira

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