sábado, 31 maio, 2025
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Membrana de Óxido de Grafeno promete solução para escassez hídrica global

Cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, desenvolveram uma membrana de óxido de grafeno que pode transformar água do mar em água potável de forma quase instantânea, um avanço que pode revolucionar o combate à escassez hídrica global. Publicado na revista Nature Nanotechnology, o estudo detalha como a equipe, liderada pelo professor Rahul Nair, conseguiu manipular a estrutura do grafeno com precisão atômica para separar íons de sal, permitindo que apenas moléculas de água passem pela membrana. A inovação, anunciada inicialmente em 2017, foi destaque novamente em posts recentes no X, refletindo o crescente interesse público na tecnologia.

A membrana de óxido de grafeno resolveu um problema crítico que limitava sua aplicação em dessalinização: o inchaço do material ao ser exposto à água. Anteriormente, esse inchaço permitia que sais menores passassem pelos poros junto com a água, comprometendo a eficiência do filtro. A equipe de Manchester desenvolveu uma técnica para evitar essa expansão, usando revestimentos de resina epóxi para confinar a membrana e controlar o tamanho dos poros em escala atômica, bloqueando sais comuns como o cloreto de sódio enquanto a água flui rapidamente. “Conseguimos criar uma peneira ajustável que filtra sais com precisão, um passo significativo para melhorar a eficiência da dessalinização”, afirmou Nair.

Um dos maiores diferenciais da tecnologia é sua potencial acessibilidade. Diferentemente das usinas de dessalinização tradicionais, que exigem grandes investimentos e infraestrutura, as membranas de óxido de grafeno podem ser produzidas em escalas menores e a um custo mais baixo, tornando-as viáveis para países em desenvolvimento. A ONU estima que, em 2025, 14% da população mundial enfrentará escassez de água, e soluções como essa podem ser cruciais para regiões sem recursos para plantas de grande porte. Além disso, a membrana permite que a água passe de forma excepcionalmente rápida devido ao tamanho dos poros, próximo ao das moléculas de água, o que aumenta a eficiência do processo.

Embora os resultados sejam promissores, especialistas alertam que desafios permanecem. Ram Devanathan, do Pacific Northwest National Laboratory, destacou em um comentário na Nature Nanotechnology que a produção em larga escala ainda precisa ser viabilizada economicamente, e a durabilidade da membrana em contato prolongado com água salgada deve ser testada. Problemas como incrustações de sais e materiais biológicos também precisam ser superados para garantir a longevidade do filtro em condições reais.

Às 09:30 desta sexta-feira, 30 de maio de 2025, a tecnologia continua a gerar expectativa. Posts recentes no X mostram entusiasmo público, com usuários destacando o potencial do grafeno para resolver a crise hídrica global. Enquanto os pesquisadores avançam para testes em condições reais e comparações com membranas industriais existentes, a membrana de óxido de grafeno se posiciona como uma esperança para milhões de pessoas que lutam pelo acesso à água potável.

Fonte: https://www.nature.com/articles/nnano.2017.21

Redação Portal Guavira

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