A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) deu um passo significativo para fortalecer a sanidade animal em Mato Grosso do Sul com a publicação da Portaria Iagro MS nº 3.756, em vigor desde 16 de junho. A normativa estabelece regras e procedimentos para o trânsito intra e interestadual de animais susceptíveis à febre aftosa, alinhando-se às diretrizes do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) e ao recente reconhecimento do estado como zona livre da doença sem vacinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A medida reflete o compromisso do estado em manter altos padrões sanitários, essenciais para o setor agropecuário, que impulsiona a economia local.
Entre as principais exigências, a portaria torna obrigatória a Guia de Trânsito Animal (GTA) para o transporte de espécies como bovinos, bubalinos, suínos, caprinos e ovinos, garantindo rastreabilidade e controle sanitário. O uso do aplicativo Transportador Iagro também foi reforçado, sendo agora obrigatório mesmo em casos de passagem pelas rodovias estaduais, permitindo monitoramento em tempo real. Essa inovação digital, aliada à permissão de trânsito entre todas as unidades da federação – desde que respeitadas as exigências de origem e destino –, visa facilitar o comércio interestadual sem comprometer a segurança sanitária.
A atualização das diretrizes, baseada nos manuais do MAPA, reflete o novo status sanitário conquistado por Mato Grosso do Sul, que se junta a outros estados reconhecidos como livres da febre aftosa sem vacinação. A portaria revoga artigos anteriores (14, 15, 16, 18, 19 e 25 da Portaria Iagro MS nº 3.726/2024), adequando as normas ao cenário atual. Para produtores e transportadores, a medida exige adaptação, mas também abre portas para mercados internacionais, onde a certificação sanitária é um diferencial competitivo.
Às 09:53 de hoje, enquanto o inverno começa a se firmar, a Iagro reafirma seu papel na proteção do rebanho sul-mato-grossense, essencial para a pecuária que sustenta milhares de famílias. A nova regulamentação é vista como um avanço, mas também como um chamado à vigilância contínua para preservar o status conquistado.
Texto: Lissandra Daudt Baron
Redação Portal Guavira
