Nesta sexta-feira, 18 de abril de 2025, a Sexta-feira da Paixão é celebrada por milhões de cristãos ao redor do mundo, marcando o dia da crucificação e morte de Jesus Cristo. Mais do que um momento de luto, a data é uma oportunidade para reflexão profunda sobre sacrifício, amor e redenção, valores que transcendem o contexto religioso e tocam a essência da humanidade. Em Mato Grosso do Sul, comunidades se reúnem em igrejas, procissões e momentos de oração, buscando renovar a fé e aplicar as lições de Jesus em um mundo que clama por compaixão e solidariedade.
A Sexta-feira da Paixão, parte central da Semana Santa, rememora o ápice do sacrifício de Jesus, que, segundo a tradição cristã, entregou sua vida na cruz para a redenção da humanidade. A narrativa bíblica, descrita nos Evangelhos, retrata os eventos dolorosos do julgamento, da via-sacra e da crucificação, culminando no gesto supremo de amor expresso por Jesus. “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lucas 23:34) é uma das passagens mais marcantes, que ressoa como um chamado ao perdão e à compreensão, mesmo diante das maiores adversidades.
Para os fiéis, a data não é apenas um marco de sofrimento, mas uma oportunidade de introspecção. “A Sexta-feira da Paixão nos convida a olhar para dentro, a refletir sobre nossas ações e a buscar uma vida mais alinhada com os ensinamentos de amor e humildade de Jesus”, explica o padre João Silva, da Paróquia São José, em Campo Grande. Ele destaca que as celebrações de hoje, que incluem a tradicional liturgia da Paixão e a veneração da cruz, reforçam a mensagem de esperança que precede a ressurreição.
Em Mato Grosso do Sul, a data é marcada por eventos que unem espiritualidade e comunidade. Em Dourados, a Procissão do Senhor Morto, prevista para as 19h, deve reunir centenas de fiéis pelas ruas do centro, enquanto em Corumbá, a encenação da Paixão de Cristo no Porto Geral atrai visitantes e moradores para uma representação viva dos últimos momentos de Jesus. “Esses momentos fortalecem nossa fé e nos lembram que o sacrifício de Cristo é um exemplo de entrega e amor ao próximo”, comenta Maria Oliveira, coordenadora de um grupo de jovens católicos em Três Lagoas.
Além do aspecto religioso, a Sexta-feira da Paixão também inspira reflexões sobre questões contemporâneas. Em um mundo marcado por divisões, conflitos e desigualdades, a mensagem de Jesus na cruz – de perdão, sacrifício e compaixão – ganha relevância. “A Paixão nos ensina que o amor é mais forte que o ódio, e que mesmo nas situações mais difíceis, podemos escolher a bondade”, reflete Ana Costa, líder comunitária em Campo Grande, que organiza ações de solidariedade durante a Semana Santa, como a distribuição de alimentos para famílias carentes.
A data também é um convite à renovação pessoal. Para muitos, é um momento de avaliar escolhas, perdoar mágoas e buscar um propósito maior. “A Sexta-feira da Paixão nos desafia a sermos melhores, a carregarmos nossas próprias cruzes com coragem e a ajudarmos uns aos outros”, afirma o padre Silva. Em igrejas de todo o estado, as celebrações de hoje incluem momentos de silêncio e oração, incentivando os fiéis a se conectarem com esses valores.
À medida que o sol se põe nesta Sexta-feira da Paixão, Mato Grosso do Sul se une em reflexão e esperança, preparando-se para a celebração da Páscoa. A data, com sua mensagem de sacrifício e redenção, ressoa como um lembrete de que, mesmo nos momentos de maior dor, há espaço para a transformação e a renovação. Em um mundo que precisa de união, a lição de Jesus na cruz permanece como um farol de amor e fraternidade, guiando os corações para um futuro mais humano e solidário.
Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira