sexta-feira, 27 junho, 2025
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Reinaldo Azambuja avalia cenário político e alerta para prejuízos da Reforma Tributária em MS

O ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, foi convidado desta segunda-feira (31) pelo programa Tribuna Livre , da Rádio Capital 95,9 FM. Em uma entrevista descontraída, conduzida pelos apresentadores Marcos Faria e Ben-Hur Ferreira, Azambuja abordou temas como as conquistas de seu mandato, a boa gestão do atual governador Eduardo Riedel, o cenário do agronegócio, os rumores políticos do estado e do país, além de críticas à Reforma Tributária e reflexões sobre o futuro do PSDB.

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Mato Grosso do Sul em ascensão

Azambuja abriu uma conversa destacando o momento positivo vívido para Mato Grosso do Sul. “A gente faz uma análise positiva do momento que o estado vive hoje. Tem praticamente pleno emprego, crescimento econômico, geração de oportunidades, complemento à pobreza e criou o ambiente favorável para os investimentos que têm sido atraídos nas diversas áreas”, afirmou. Ele atribuiu esse cenário a uma política de reformas iniciada em 2015, durante seu governo, que, segundo ele, trouxe alterações e abriu espaço para programas sociais alterados pela gestão de Riedel.

O ex-governador também celebrou a projeção de um PIB ainda mais robusto para 2025, resultado de uma administração com responsabilidade fiscal. “O estado tá bem administrado. A eleição passada, com 43 dos 79 municípios governados pelo PSDB, está muito ligada a isso. A população quer bons gestores, pessoas que resolvem os problemas locais e geram oportunidades”, declarou, reforçando a importância da parceria com os prefeitos para criar “modelos de gestão de resultados”.

Reformas de 2015: o ponto de virada

Questionado por Ben-Hur Ferreira sobre o início de seu governo, em 2015, em meio a uma crise nacional, Azambuja relembrou as reformas estruturantes que marcaram sua gestão. “Se você arrecada 100 e gasta 60 com folha, sobra pouco para saúde, educação e segurança pública. Nós invertemos o jogo, diminuímos o gasto dentro do governo. O lema era ‘gastar menos com o governo, para gastar mais com as pessoas'”, explicou. A medida, segundo ele, foi essencial para equilibrar as contas e priorizar investimentos direcionados à população.

Reforma Tributária sob crítica

Um dos pontos altos da entrevista foi a análise crítica de Azambuja sobre a Reforma Tributária. Ele alertou para os prejuízos que os estados produtores, como Mato Grosso do Sul, podem enfrentar caso as leis complementares não garantam compensações adequadas. “Se tributar sobre o consumo, nós, que produzimos mais e consumimos menos, vamos perder. Sem essas leis na Constituição, coitado de quem para governar a partir de 2030, porque vai faltar recurso”, disparou. Ele cobrou um posicionamento firme da bancada federal sul-mato-grossense para proteger os interesses do estado.

Azambuja também contextualizou o problema historicamente, citando a Constituição de 1988, que privilegiou Norte e Nordeste no Fundo de Participação dos Estados, deixando Mato Grosso do Sul em desvantagem. “Precisamos de um olhar da classe política agora, nas leis complementares, porque o escopo da reforma já foi aprovado”, enfatizou.

Agronegócio e equilíbrio fiscal nacional

Em um momento de preocupação com o cenário nacional, Azambuja destacou o papel do agronegócio como sustento da economia brasileira. “O Brasil está na iminência de um processo recessivo muito grande por causa do desequilíbrio fiscal. O agronegócio, que foi o carro-chefe nos últimos anos, precisa de uma virada de chave para continuar crescendo”, analisou. Ele defendeu que o país precisa buscar equilíbrio nas contas públicas para evitar uma crise ainda mais profunda.

Fusão partidária e futuro político

Filiado ao PSDB há 30 anos, Azambuja revelou que o partido passa por um processo de transição, com discussões sobre fusões com siglas como PSD, Podemos ou Republicanos. “O Brasil não vai ficar com 32 partidos, teremos um enxugamento para oito ou dez. Como tesoureiro nacional do PSDB, tenho o compromisso de liderança esse rito. A decisão será tomada em abril, junto com os prefeitos, o governador Riedel e lideranças do partido”, explicou. Ele afirmou ter recebido convites de espectros políticos diversos, mas garantiu que a escolha será coletiva.

Harmonia entre os poderes

Por fim, o ex-governador criticou a interferência entre os Poderes no Brasil, que, segundo ele, gera desequilíbrio e prejudica a população. “O Executivo executa, o Legislativo legisla e o Judiciário julga. Respeitando isso, evitamos conflitos que afetam os brasileiros”, pontudo.

Uma conversa para além da política

A entrevista, marcada por um tom de bate-papo, trouxe reflexões que vão além da gestão pública e da política partidária, mostrando uma visão de Azambuja sobre o presente e o futuro de Mato Grosso do Sul. Para quem deseja conferir na íntegra, o vídeo está disponível no YouTube, no link: https://www.youtube.com/watch?v=zyS1HPcMLu4 .

Com um discurso otimista, mas atento aos desafios, Reinaldo Azambuja reforça sua influência no cenário político estadual e nacional, enquanto o PSDB se prepara para uma nova fase.

Texto: Olga Cruz

Fonte: https://msdelas.com.br/reinaldo-azambuja-fala-sobre-decisoes-partidarias-e-alerta-que-reforma-tributaria-pode-prejudicar-ms/

Por Andre Estoduto – Redação Portal Guavira

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