Mesmo com o pagamento rigorosamente em dia das tarifas de pedágio, a BR-163 segue apresentando condições alarmantes em Campo Grande (MS). A denúncia mais recente veio do vereador Professor Riverton (PP), que esteve pessoalmente na região do Jardim Noroeste e classificou o cenário como “revoltante”.
“É um completo abandono. Falta sinalização, o asfalto está em situação crítica e os riscos de acidentes são altíssimos. Quem passa por aqui diariamente vive uma roleta-russa, enquanto a CCR MSVia continua cobrando caro por um serviço que não entrega”, afirmou o parlamentar.
A CCR MSVia, concessionária responsável pela administração da BR-163 em Mato Grosso do Sul, é alvo frequente de críticas da população e de lideranças políticas. Os moradores da região do Noroeste reclamam há anos da ausência de melhorias efetivas, sobretudo nos trechos urbanos, onde o fluxo de veículos é intenso e pedestres circulam sem segurança adequada.
Mesmo após protestos, abaixo-assinados e audiências públicas, as intervenções têm sido pontuais e insuficientes. A concessionária chegou a prometer reforço na sinalização, mas descartou, por exemplo, a instalação de semáforos, alegando riscos de colisões traseiras — argumento contestado por moradores que apontam a negligência como causa principal dos acidentes.
O vereador Riverton já protocolou um dossiê junto ao Ministério Público Federal (MPF), reunindo relatos, imagens e dados que evidenciam o descaso da CCR com a segurança viária. “A população não pode continuar refém da omissão. Estamos falando de vidas em risco todos os dias. Eu não vou me calar diante disso. Mato Grosso do Sul merece respeito e segurança”, reforçou o parlamentar.
O MPF anunciou a abertura de um inquérito civil público para investigar a atuação da CCR MSVia, especialmente nas áreas urbanas de Campo Grande.
Enquanto isso, motoristas e pedestres continuam enfrentando diariamente o perigo, pagando caro por um serviço que, segundo eles, não está sendo prestado à altura do que foi prometido.
Redação Portal Guavira
