Em pronunciamento no Plenário do Senado nesta quarta-feira (3), a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) destacou que a autonomia do Banco Central, aprovada em 2021, ainda não é plena e precisa ser revista para servir aos interesses da população e não apenas ao setor financeiro.
A parlamentar alertou que a chamada independência da instituição deve estar vinculada a regras claras e mecanismos de controle, evitando distorções como a prática da “porta giratória”, que permite que dirigentes deixem cargos públicos para assumir funções em bancos privados em seguida.
“O que temos visto, na verdade, é uma perigosa confusão em que a bandeira da independência técnica é usada como escudo para proteger uma elite que não quer ser supervisionada. Autonomia não é ausência de regras. É justamente o cumprimento rigoroso das regras que fortalece uma instituição e lhe dá legitimidade para operar”, afirmou Soraya.
A senadora defendeu a aprovação de uma nova lei que estabeleça quarentena de quatro anos — em vez dos atuais seis meses — para ex-diretores do Banco Central antes que possam atuar em instituições privadas. Para Soraya, a medida é fundamental para blindar a economia de interesses particulares e reforçar a credibilidade da autarquia.
“Quem se opõe a essas mudanças não está defendendo a independência do Banco Central. Está defendendo o controle dos grandes bancos sobre a instituição e os próprios privilégios, em detrimento do futuro de mais de 214 milhões de brasileiros. Basta disso!”, declarou em tom firme.
A fala da senadora evidencia sua posição em defesa de uma governança mais transparente, voltada à estabilidade econômica e ao interesse público, reafirmando seu compromisso de combater privilégios e fortalecer a democracia econômica no país.
Informações: Agência Senado – Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Redação Portal Guavira