A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, em sua última reunião de 2025, realizada em 4 de dezembro, a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Porém, foram rejeitados os pedidos para convocar Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado recentemente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A reunião analisou 181 requerimentos e foi marcada por divergências políticas entre governo e oposição sobre as convocações.
Convocação de Romeu Zema e críticas
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), leu ofício de Zema comunicando que desde 2018 não administra a empresa Zema Crédito, Financiamento e Investimento S.A. O requerimento, apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), foi defendido como ajutidicial à investigação, e a senadora Tereza Cristina (PP-MS) classificou a convocação como indelicada, citando que outras autoridades foram convidadas. Já o senador Rogério Marinho (PL-RN) considerou a convocação fora do escopo e motivada por política. O governador possui 16,41% das ações da empresa, conforme apontado no debate.
Rejeição da convocação de Fábio Luís Lula da Silva
Com 19 votos contrários e 12 favoráveis, o pedido para convocar Fábio Luís Lula da Silva, conhecido como Lulinha, foi rejeitado. Acusações de que ele recebia mesada de R$ 300 mil foram citadas por opositores, mas líderes governistas negaram provas e vínculos com a CPMI. O relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL) afirmou que recebeu informação de risco iminente contra uma testemunha chave e prometeu renunciar à relatoria caso provas não sejam apresentadas. Líderes do governo destacam a ausência de evidências e confronto político nas discussões.
Jorge Messias e instituições financeiras
Sete requerimentos para ouvir o advogado-geral da União Jorge Messias foram rejeitados. O senador Marinho criticou a parcialidade em investigações ordenadas pela AGU, ressaltando a exclusão de entidades ligadas a familiares do presidente Lula dos inquéritos. Por outro lado, a CPMI acatou a convocação e quebra de sigilo do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso em operação da Polícia Federal, mas liberado provisoriamente. Outros bancos e investigados não tiveram sigilos quebrados. O presidente de Clube de Benefícios, Américo Monte Júnior, prestou depoimento, porém se negou a responder diversas perguntas.
O presidente da CPMI já articula a extensão do prazo dos trabalhos, cuja data final atual é 28 de março de 2026.
Redação Portal Guavira

