A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, deu um passo significativo na defesa do agronegócio brasileiro ao protocolar, nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, um pedido de investigação na Comissão Europeia contra quatro empresas francesas acusadas de difamar a carne brasileira. O pedido, apresentado em Bruxelas durante missão oficial ao Parlamento Europeu, mira companhias como o Carrefour, que em novembro de 2024 protagonizou uma crise ao anunciar que deixaria de vender carne do Mercosul em suas lojas na França, alegando que os produtos não atenderiam às normas de qualidade do mercado francês.
Tereza Cristina, que participou das negociações enquanto ministra, destacou a gravidade das acusações feitas contra os produtos brasileiros. “Vocês se lembram do episódio do Carrefour? Tentaram manchar a reputação da nossa produção, mas o Brasil não aceita acusações infundadas. Nossos produtos seguem os mais rigorosos padrões de qualidade e sustentabilidade”, afirmou a senadora em suas redes sociais. A ação foi impulsionada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que contratou um escritório especializado para conduzir o caso, culminando no pedido de investigação protocolado hoje.
O embate começou quando Alexandre Bompard, CEO global do Carrefour, anunciou o boicote à carne do Mercosul, decisão que desencadeou uma série de críticas e boicotes de frigoríficos brasileiros contra a rede no Brasil. A situação escalou com declarações de parlamentares franceses, que chegaram a comparar a carne brasileira a “lixo” durante uma votação simbólica contra o acordo Mercosul-União Europeia. Apesar de um pedido de desculpas de Bompard, considerado “protocolar” e “pífio” por Tereza Cristina, o dano à imagem do agro brasileiro foi significativo, levando à mobilização do setor.
Além do Carrefour, outras empresas francesas, como Intermarché e Tereos, também foram alvo de críticas por questionarem a qualidade dos produtos brasileiros, em um contexto de crescente protecionismo europeu. A senadora já havia criticado o que chama de “campanha orquestrada” contra o Brasil, apontando que a França, um dos maiores opositores do acordo Mercosul-UE, usa argumentos ambientais para justificar barreiras comerciais. O pedido de investigação na Comissão Europeia busca responsabilizar as empresas por práticas que, segundo a CNA, configuram difamação e concorrência desleal, exigindo retratações e possíveis sanções.
A expectativa agora é pela análise da Comissão Europeia, que pode levar meses, mas o movimento sinaliza uma postura mais assertiva do Brasil frente ao protecionismo europeu. Às 10:22 desta terça-feira, 27 de maio de 2025, o agro brasileiro segue na luta por respeito e reconhecimento internacional, com Tereza Cristina à frente da defesa do setor que representa 25% do PIB nacional e exportou US$ 21,6 bilhões para a UE em 2023.
Fonte: https://www.instagram.com/stories/terezacristinams/3641792919372085391/
Redação Portal Guavira